terça-feira, 20 de maio de 2008

Análise e Tratamento de Dados

Iniciamos hoje um novo Tema: Análise e Tratamento de Dados. Este tema será decomposto em 4 fases, distribuídas do seguinte modo:
  • 1ª. fase (20 a 26 de Maio): estudo individual sobre as diversas técnicas de análise de dados;
  • 2ª. fase (27 de Maio a 02 de Junho): análise individual e resolução de um problema, visando a exploração de uma das dissertações, já exploradas, no que se refere às técnicas quantitativas de análise de dados;
  • 3ª. fase (03 a 09 de Junho): estudo individual sobre as técnicas de análise qualitativa de dados e apreciação de uma das dissertações, já exploradas, no que se refere às técnicas de análise qualitativa usadas;
  • 4ª. fase (10 a 16 de Junho): debate, em fórum geral (alargado à Turma), sobre as técnicas analisadas.
Nesta primeira fase, far-se-á a exploração geral e identificação de técnicas de análise de dados, com o objectivo de:
  • Inventariar as técnicas quantitativas de análise de dados;
  • Identificar os procedimentos mais comuns adoptados na análise qualitativa de dados;
  • Reflectir sobre a relação entre os objectivos de uma investigação, as técnicas de recolha de dados aplicadas e as técnicas de análise adequadas.
Nesta actividade será utilizada a bibliografia indicada nas orientações para a mesma, dirigindo o estudo, tanto quanto possível, para as vertentes "análise quantitativa de dados" e "análise qualitativa de dados".

domingo, 18 de maio de 2008

Balanço da semana: 11 Mai 2008 - 18 Mai 2008

Esta foi uma boa semana. Sem a pressão causada pela necessidade de cumprir os prazos inerentes à entrega de trabalhos e superada a situação da semana anterior (que tinha provocado um sentimento generalizado de frustração), sente-se que a Turma se "reconciliou" com ela própria e retomou o ritmo e a dinâmica anteriores, visível pela troca de ideias e debate sobre a Investigação-Acção no fórum criado para o efeito.

Este tema já tinha sido abordado em debates anteriores, nomeadamente no âmbito das actividades relativas ao Processo de Investigação, mas não com a profundidade e lateralidade com que foi trabalhado esta semana.

Neste contexto é importante manter em perspectiva as várias abordagens ao conceito e características da Investigação-Acção. Se bem que, em geral, os vários autores estudados tenham conceitos semelhantes de Investigação-Acção, existem contudo algumas nuances próprias da diversidade de opiniões habitual em ciências não exactas.

É inegável a importância da Investigação-Acção em termos educacionais, se bem que seja também inegável a importância de competências que o investigador-actor deverá ter, competências que vão além das de docência, pois o investigador é também o actor, sendo quem selecciona a variável ou variáveis sobre as quais irá actuar de forma a obter os resultados desejados.

Esta importância da Investigação-Acção decorre da capacidade das características desta, quer em termos do contexto restrito em que normalmente ocorre, quer pela sua adequação à resolução de problemas específicos da Escola, pela selecção das estratégias que, naquele contexto, tenham maior possibilidade de sucesso.

É inegável que depois de uma semana de leitura, estudo e debate relativos à Investigação-Acção, percebemos melhor o que é, quais as suas finalidades, objectivos e características, e como se operacionaliza em termos práticos, aspecto particularmente importante porque a Investigação-Acção é essencialmente prática.

Reflexões sobre Investigação-Acção (III)

A Investigação-Acção é essencialmente prática e desenvolve-se de acordo com a necessidade de resolução de problemas reais, integrando a produção do conhecimento (levado a cabo pelo investigador) e a aplicação desse mesmo conhecimento (pelo professor).

A mudança está sempre subjacente em Investigação-Acção e é uma das suas características principais, a par da sua flexibilidade, necessária por estar normalmente associada a uma acção relativamente imediata.

Em Investigação-Acção, a preocupação não é a de obter um conjunto de conhecimentos teóricos passíveis de generalização, mas sim um conjunto de conhecimentos práticos, ainda que sustentados por um suporte teórico e por um quadro metodológico.

Normalmente a Investigação-Acção materializa-se num projecto de intervenção, elaborado em função das necessidades do meio onde o projecto vai ser aplicado.

Na Investigação-Acção Educacional, o professor, para além de investigador, é também interveniente, na medida em que é ele que cria a variável independente relativamente à qual irá actuar, de forma a obter o efeito desejado.

Reflexões sobre Investigação-Acção (II)

A Investigação-Acção parte do pressuposto de que o profissional tem a competência e a capacidade para formular questões relevantes no contexto da sua prática, de forma a identificar os objectivos a alcançar, a definir as estratégias e metodologias adequadas, bem como a monitorizar quer os processos, quer os resultados.

Em contexto educacional, a Investigação-Acção desempenha um papel importante na formação do professor reflexivo e que ambiciona, em permanência, a melhoria da aprendizagem das crianças.

A Investigação-Acção tem um importante poder transformativo, pelo que desempenha uma função nuclear em termos das mudanças verificadas ao nível do universo restrito e particular de cada Escola.

Com a Investigação-Acção consegue produzir-se conhecimento através da ligação à modificação de uma realidade social, em contexto limitado, com a participação activa dos interessados.

De forma auto-reflexiva, a Investigação-Acção visa melhorar a racionalização e a adequação das práticas sociais e/ou educacionais e o respectivo entendimento, em função das situações em que ocorrem.