terça-feira, 8 de julho de 2008

Apresentação online do Webfolio

Tal como se encontrava previsto, ontem (07 Jul 2008), a partir das 22h00, efectuámos a apresentação online do nosso Webfolio de Investigação Educacional.

Este evento, previsto no Contrato de Aprendizagem da Unidade Curricular, foi efectuado em comunicação síncrona através da Internet, com voz, vídeo e chat, utilizando a ferramenta de conferência online da Elluminate, numa "sala" criada para o efeito pela Professora Doutora Alda Pereira, uma das docentes da Unidade Curricular.

O tempo previsto para a apresentação do Webfolio era de 10 minutos (e foi cumprido), seguindo-se um período cerca de 20 minutos para comentários e questões sobre a apresentação ou sobre aspectos relacionados com a Unidade Curricular de Investigação Educacional. A audiência foi composta pelos restantes Colegas de Mestrado e, como não podia deixar de ser, pelas duas docentes da Unidade Curricular, a Professora Doutora Alda Pereira e a Professora Doutora Luísa Aires.

Sendo uma apresentação de curta duração, ela incidiu, sobretudo, sobre a maneira como o Webfolio se encontra estruturado (com uma estrutura temática semelhante à da organização do programa da Unidade Curricular), incidindo nalguns aspectos com maior profundidade, como os relativos aos Tópicos 01. O Processo de Investigação, 07. Reflexões sobre as Actividades, Debates e Percurso na Unidade Curricular e 08. Auto-Avaliação no âmbito da Unidade Curricular.

Não deixámos, contudo, de fazer uma referência ao facto de o Webfolio estar publicado num espaço público, disponível para acesso a qualquer utilizador da Internet, ter constituído um desafio que trouxe responsabilidades acrescidas, exigindo mais em termos pessoais, mas possibilitando, também, um maior grau de aprendizagem face ao grau de profundidade que o nosso estudo e pesquisa acabou por ter. Por outro lado, a existência dum compromisso inicial, estabelecido connosco próprios, levou a que este Webfolio se tivesse, progressivamente, tornado num parceiro de aprendizagem.

No período de debate, surgiram algumas ideias, das quais destacamos as seguintes:

- Entre a opção de manter este Webfolio em espaço público ou em espaço privado, continuaríamos a optar pela primeira opção, pelas razões que antes referimos (desafio e responsabilidade acrescidos, geradores de externalidade positivas em termos da aprendizagem e do grau de aprofundamento das temáticas abordadas);

- Sendo que todas as temáticas abordadas na Unidade Curricular foram importantes, pois nenhuma delas faria completo sentido sem a existência das restantes, a que considerámos mais "difícil" foi a relativa ao Tópico 01. O Processo de Investigação, por se tratar duma matéria praticamente nova para nós e cuja compreensão era essencial para a aquisição e desenvolvimento das competências pretendidos com as temáticas seguintes;

- Pela experiência na primeira pessoa, ficou evidente a importância do Webfolio em termos do sucesso na aprendizagem, nesta Unidade Curricular, assim como à abertura de novos horizontes com vista ao percurso futuro, incluindo, desde logo, o período relativo à elaboração da Dissertação de Mestrado;

- Por último, considerámos como ponto forte deste Webfolio o conjunto de reflexões que fomos efectuando semana a semana, sob o título de balanços semanais, já que esse conjunto de posts constituíu um verdadeiro "fio condutor" do nosso percurso de aprendizagem, pois, em cada um desses momentos, se reflectiu sobre o passado, perspectivando o futuro, ao mesmo tempo que se aferia a situação presente. Esta estratégia, contribuíu, definitivamente, para que o percurso de aprendizagem, nesta Unidade Curricular, tivesse sido o que foi.

Estamos satisfeitos, sentimo-nos mais preparados e com o sentimento de dever cumprido!

Saudações,

Mário

domingo, 29 de junho de 2008

Balanço da semana: 22 Jun 2008 - 29 Jun 2008

Com a chegada do final do 2º. semestre deste 1º. ano do Mestrado em Supervisão Pedagógica, estamos, igualmente, a chegar ao final do percurso na Unidade Curricular de "Investigação Educacional", um percurso que pensamos ter-se revelado profícuo, quer pelos conhecimentos que nos trouxe, quer pela preparação que nos deu, tendo em vista o futuro imediato relacionado com a elaboração da Dissertação do Mestrado.

Depois de uma série de 70 posts efectuados ao longo de 16 semanas, desde o dia 11 de Março de 2008, data em que este roteiro se iniciou, para além do balanço semanal, efectuaremos também um balanço final. Destas 16 semanas, as duas primeiras não tiveram os correspondentes "Balanço da semana" (a primeira porque foi a semana em que se decidiu sobre a forma e o local em que os portfolios online seriam alojados e a segunda porque foi uma semana com a interrupção escolar correspondente ao período da Páscoa).

Em termos de espaço temporal, temos assim, na prática, 14 semanas cobertas por este Webfolio, o que significa uma média de 5 posts por semana, o que, excluindo fins-de-semana, corresponde a uma média de 1 post por dia, o que atesta bem da regularidade com que este espaço foi sendo actualizado ao longo do semestre.

Esta última semana foi dedicada a finalizar o Webfolio, em particular, no que diz respeito à sua estruturação por tópicos, já que, no restante, o espaço foi estando organizado, em permanência, ao longo do percurso de aprendizagem. A par desta tarefa, estivemos, igualmente, empenhados na finalização da Ficha de Leitura que deveremos submeter para apreciação até ao próximo dia 3 de Julho.

Temos a noção (e isso não aconteceu por acaso) que este Webfolio de Investigação Educacional traduz bem o roteiro desta Unidade Curricular, evidenciando os momentos chave e os aspectos principais vivenciados neste percurso de aprendizagem. Para além disso, pensamos que este Webfolio também ilustra bem a nossa perspectiva pessoal sobre os conceitos e os conteúdos programáticos da Unidade Curricular de Investigação Educacional, para além do modo, tanto quanto possível, organizado e sistemático como, habitualmente, gostamos de enfrentar as tarefas, actividades e desafios que se nos colocam.

Deste modo, estou certo de que este Webfolio constitui um bom auxiliar para o nosso futuro próximo, assim como para todos aqueles que se possam interessar (ou que, de qualquer modo, se "cruzem" com os conteúdos desta Unidade Curricular) por Investigação Educacional.

Como qualquer portfolio, temos a noção de que nunca estará terminado, mas por razões que se prendem com a avaliação final, este é o momento do Balanço do Final de Semestre. Eventualmente retomaremos este espaço, com a continuação para a fase seguinte, relativa à elaboração da nossa Dissertação de Mestrado.

Este Webfolio irá ser objecto de uma apresentação síncrona online a todo o Curso, com a duração máxima de 10 minutos, a partir do dia 7 de Julho de 2008.

Terminamos esta fase, agradecendo a todos os que nos visitaram neste espaço, independentemente de nos terem deixado, ou não, comentários, ou de nos terem contactado por e-Mail. Tivemos gosto na construção, actualização e manutenção deste espaço e sabemos que ele representa um pouco de nós e do nosso percurso de aprendizagem ao longo da vida. Até sempre!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Balanço da semana: 15 Jun 2008 - 22 Jun 2008

Este é o penúltimo balanço efectuado neste webfolio visto que em 30 de Junho o mesmo terá de estar concluído e de ser encerrado para a avaliação a que estará sujeito no âmbito da Unidade Curricular "Investigação Educacional".

Por estas razões e porque o webfolio irá também ser objecto de apresentação da nossa parte aos restantes colegas de Mestrado e às docentes da Unidade Curricular, Professoras Doutoras Alda Pereira e Luísa Aires, durante esta semana, começámos a ultimar a estrutura deste espaço, para que possa reflectir de modo, tanto quanto possível, exacto, o nosso percurso ao longo do semestre, incluindo as nossas reflexões e auto-avaliação.

Ainda com algum trabalho pela frente, temos a noção que este espaço traduz bem o que se foi passando, assim como as nossas perspectivas e evolução.

A par desta tarefa de finalização do webfolio, entrámos igualmente no último Tema da Unidade Curricular, que diz respeito às Questões Éticas na Investigação Educacional, em particular no tocante à ética do investigador, tema cujo debate cessará, supostamente, hoje (23 Jun 2008).

Durante esta semana respigámos também alguns artigos de investigação, com vista à elaboração duma Ficha de Leitura sobre um desses artigos, o qual deverá ter relevãncia no contexto da temática a trabalhar na fase do Projecto de Dissertação do Mestrado, ficha que deverá estar concluída até 3 de Julho de 2008.

Na prática, ainda com actividade lectiva a decorrer, esta semana acabou por ser já uma semana de pré-balanço final da Unidade Curricular.

domingo, 22 de junho de 2008

Princípios Éticos Orientadores da Investigação

Durante o Processo de Investigação, esta deverá ser norteada por alguns princípios éticos, dos quais se apresentam alguns, como os seguintes:
  • Observância dos protocolos vigentes;
  • Envolvimentos de todos os participantes na Investigação;
  • Negociação com todos aqueles que possam ser afectados pela Investigação;
  • Divulgação dos progressos da Investigação;
  • Obtenção de autorizações explícitas, incluindo a autorização para utilizar citações;
  • Negociação de job description e das condições de trabalho de todas as pessoas envolvidas na Investigação;
  • Negociação da participação, na Investigação, de pessoas com pontos de vista diferentes dos do investigador;
  • Negociação da periodicidade e do nível de divulgação dos resultados da Investigação;
  • Aceitação, pelo investigador, de responsabilidade pela manutenção da confidencialidade;
  • Manutenção do direito de divulgação do estudo/investigação;
  • Divulgação dos princípios orientadores dos procedimentos a efectuar durante a Investigação.
Adaptado de:
"Questões Éticas em Investigação Educacional", de Margarida Isabel de Jesus Costa (DEFCUL - Metodologia de Investigação I - Ano Lectivo 2004/2005)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Fontes dos Problemas Éticos em Investigação

Cada etapa do Processo de Investigação pode constituir-se numa fonte potencial de problemas éticos, que podem resultar:
  • Da própria natureza do Projecto de Investigação;
  • Do contexto da Investigação;
  • Dos procedimentos a adoptar;
  • Dos métodos de recolha de dados;
  • Da natureza dos dados recolhidos;
  • Do tipo de participantes;
  • Da aplicação a dar aos dados.
Adaptado de:
"Questões Éticas em Investigação Educacional", de Margarida Isabel de Jesus Costa (DEFCUL - Metodologia de Investigação I - Ano Lectivo 2004/2005)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Questões éticas na Investigação Educacional

Inicia-se hoje o último tema da parte lectiva desta Unidade Curricular, tema que incide sobre as "Questões éticas na Investigação Educacional" e cujo debate se prolongará até ao próximo dia 23 de Junho (segunda-feira).

Quer nas Ciências da Educação, quer noutras Ciências, no seu trabalho e na sua conduta, o investigador deve ter sempre presentes as questões éticas, quer aquelas que se colocam a montante, durante o planemanento da investigação, quer aquelas que se colocam na fase de recolha de dados ou ainda aquelas que se colocam no final do processo de investigação, quando apresenta publicamente o relatório da sua Investigação.

É sobre estes aspectos que nos iremos debruçar, concretizando e fundamentando perspectivas, abordagens e pontos de vista, tendo sempre presente a fase da investigação em causa e na qual é necessário aplicar determinadas condutas éticas.

Para o efeito iremos explorar, em profundidade, o website da American Educational Research Association.

Validade e fiabilidade dum Investigação

Na sequência dum desafio lançado pela Professora Luísa Aires, para que dissertássemos um pouco sobre a "validade e a fiabilidade" duma Investigação, diríamos o seguinte.

Recorrendo apenas à nossa percepção sobre o assunto, face àquilo que temos vindo a aprender nesta Unidade Curricular, ao longo do semestre, diríamos que são aspectos como estes ("validade" e "fiabilidade") que "obrigam" à adopção duma Metodologia de Investigação... a qual, por sua vez, "obriga" a que os instrumentos de recolha de dados sejam "validados" a priori, que os dados recolhidos sejam validados como "bons" para análise e que, após a análise, os resultados daí decorrentes sejam validados como sendo os correctos, face àquilo que se analisou.

Só com uma Metodologia de Investigação (que como vimos pode ser qualitativa, quantitativa ou mista) e com sucessivas "validações" ao longo do Processo de Investigação, estarão criadas as condições para, no final desse processo, se poder afirmar, com segurança, que os instrumentos utilizados na recolha de dados, a análise desses dados e os resultados obtidos, são válidos, tornando a investigação fiável, no sentido da credibilidade que este processo deve ter para "garantir" que a investigação tem condições para atingir as suas finalidades e cumprir os seus objectivos.

A Metodologia da Investigação inclui, entre outros, estes três aspectos que referi, os quais, não sendo exclusivamente importantes, são marcos determinantes em qualquer Processo de Investigação. Como já vimos ao longo dos vários debates nesta Unidade Curricular, a não observação da Metodologia poderá "corromper" a Investigação, levando a que esta siga um percurso que não é adequado, correcto e que até pode ser enganoso.

A Metodologia da Investigação serve para que a Investigação possa atingir os seus objectivos, auxiliando o investigador nessa "cruzada", mas também serve para defender o investigador de "vícios de forma", de "tentações", de "subjectividades", enfim, dum conjunto de aspectos que, sem método, poderiam deturpar, "inquinar" ou tornar o investigador refém de si próprio e tornar a Investigação inconsequente por meras questões de erro(s) de processo.

Assim, definidas as áreas geral e específica(s) a investigar, o tipo de investigação a efectuar, os seus objectivos, as hipóteses gerais e operacionais ou as questões investigativas, o investigador deverá proceder à definição e caracterização da metodologia da investigação, já que é através do método que venha a ser seleccionado, implementado e operacionalizado que o plano de investigação se transforma em projecto de investigação e que se criam as condições para que o investigador possa controlar a investigação e tudo o que lhe diz respeito, contribuindo para que, momento a momento, tudo o que é feito e tudo o que é obtido, possa ser considerado como válido e, logo, credível.

A fiabilidade resulta dessa credibilidade... só podemos "fiar-nos" na investigação se soubermos que ela é credível... e ela só será credível se tiver "passado nos testes de validade"... a validade que lhe é garantida pelas sucessivas validações, ao longo das várias etapas da investigação (em particular das etapas mais "marcantes"), mas também pela observância do método de investigação escolhido, que funciona como um referencial, umaa matriz e um "checklist", assegurando que tudo o que tem de ser feito é "bem" feito, quer na oportunidade (momento certo), quer no modo, quer na finalidade.

Editado para acrescentar:

A validade e a fiabilidade duma Investigação contribuem para a integridade dessa mesma Investigação.

"To maintain the integrity of research, educational researchers should warrant their research conclusions adequately in a way consistent with the standards of their own theoretical and methodological perspectives. They should keep themselves well informed in both their own and competing paradigms where those are relevant to their research, and they should continually evaluate the criteria of adequacy by which research is judged." (American Educational Research Association)

http://www.aera.net/AboutAERA/Default.aspx?menu_id=90&id=173

Coerência e consistência duma Investigação

Estes são dois aspectos muito importantes para assegurar que a Investigação tem "condições" para poder cumprir os seus objectivos.

A "coerência" do Processo de Investigação tem a ver com a ligação e articulação entre as suas fases. Já a "consistência" tem, sobretudo, a ver com a validade e a "força", quer dos métodos e técnicas utilizados, quer dos resultados e conclusões obtidos nesse Processo de Investigação.

A primeira ("coerência") é ditada, sobretudo, pela "sintonia" entre a natureza da Investigação e a Metodologia de Investigação adoptada (na qual se incluem, obviamente, fases como a recolha e a análise dos dados).

Já a segunda ("consistência") é conseguida, sobretudo, pela selecção e adequação dos "melhores" métodos e técnicas (quer de recolha de dados, quer de análise desses mesmos dados), em termos da sua validade e da "força" que conferem aos resultados obtidos e às conclusões daí decorrentes, contribuindo, em última instância, para a validade, credibilidade e fiabilidade de todo o Processo de Investigação, como um todo.

domingo, 15 de junho de 2008

Balanço da semana: 08 Jun 2008 - 15 Jun 2008

Esta foi uma semana dedicada, sobretudo, ao debate sobre a Análise Qualitativa de Dados, utilizando, para o efeito, as questões colocadas para reflexão no âmbito da Dissertação utilizada como objecto do estudo deste tema.

Apesar das algumas diferenças encontradas nas abordagens iniciais de cada um dos elementos do Curso, acabou-se por, progressivamente, convergir em posições relativamente consensuais sobre cada um dos aspectos em análise.

Obviamente que existirão sempre alguns aspectos em que as posições e opiniões pessoais poderão não ser exactamente coincidentes, mas isso deve-se sobretudo à concepção que cada pessoa tem sobre os assuntos, independentemente de o referencial teórico ser idêntico para todos.

Por outro lado, a sensibilidade de cada um relativamente aos paradigmas predominantes em investigação (quantitativo e qualitativo), ditará igualmente o modo como é abordada a temática da análise de dados, a qual, por sua vez, não deixará de estar relacionada com a natureza quantitativa, qualitativa ou mista do próprio processo de investigação.

Agora que nos encontramos na fase final desta Unidade Curricular, podemos afirmar que a visão a preto e branco que tínhamos no início deste percurso, se foi tornando progressivamente colorida, o suficiente para compreendermos a complexidade de qualquer processo de investigação, a importância da sua finalidade e objectivos, assim como de cada uma das suas fases. Dizemos suficiente pois reconhecemos que estamos ainda no início dum longo percurso trilhado por todos quantos se dedicam à investigação.

A coerência do processo de investigação tem a ver com a ligação e articulação entre as suas fases, enquanto a consistência tem a ver com a validade e "força" quer dos métodos e técnicas utilizados, quer dos resultados e conclusões obtidos nesse processo de investigação. A primeira é ditada, sobretudo, pela "sintonia" entre a natureza da investigação e a metodologia de investigação adoptada (incluindo a recolha e a análise dos dados). A segunda é conseguida sobretudo pela selecção e adequação dos "melhores" métodos e técnicas (quer de recolha de dados, quer de análise desses mesmos dados), em termos da sua validade e "força" que conferem aos resultados e conclusões a que se chega.

É precisamente sobre a relevãncia da metodologia utilizada na análise de dados e sobre a sua importância para a coerência e consistência do processo de investigação educacional, que o debate continua até ao próximo dia 18 de Junho (quarta-feira).

Relevância da Análise de Dados para a coerência e consistência da Investigação em Educação

De modo muito sintético, aqui fica a nossa opinião sobre a relevância da análise de dados (em particular, das respectivas metodologias) para a coerência e consistência da Investigação em Educação:

- Os métodos de análise quantitativa de dados visam, normalmente, a identificação de relações estatísticas entre variáveis, com vista à generalização dos resultados, enquanto os métodos de análise qualitativa de dados visam, normalmente, a pesquisa de padrões, ideias e/ou características holísticas entre palavras, imagens, categorias, com vista à explicação de uma determinada situação particular;

- Estes métodos estão em linha, respectivamente, com os objectivos habituais em investigação quantitativa (Descrição, Explicação e Previsão) e em investigação qualitativa (Descrição, Exploração e Descoberta);

- Tendo em conta estes aspectos e o facto de os objectivos em Investigação Educacional se situarem ao nível da Exploração, Descrição, Explicação, Previsão e Influência, é fácil verificar como se deverão utilizar uns, outros ou ambos os métodos, consoante os objectivos da Investigação Educacional em causa, de forma a que se possa manter a coerência e consistência dessa Investigação.

- A coerência e consistência da Investigação Educacional estaria colocada em causa se as metodologias utilizadas na análise de dados não tivessem a mesma natureza da Investigação e se não fossem adequadas aos objectivos desta.