Esta semana foi dedicada ao estudo das técnicas de análise qualitativa de dados, apoiado na análise duma Dissertação correspondente a um estudo de natureza qualitativa (estudo de caso instrumental), do tipo exploratório, onde numa das fases da recolha de dados se utilizou a entrevista semi-estruturada.
Esta Dissertação já tinha sido objecto de análise previamente, pelo que a selecção da informação relevante para o estudo esteve facilitada. A par disto, foram colocadas algumas questões (seis) para reflexão, as quais, pelos tópicos abordados, permitiram que o estudo se centrasse nos aspectos essenciais.
Para nós, ficou bem evidente que a entrevista é uma das técnicas de recolha de dados mais adequadas a estudos ou investigações de natureza qualitativa, por conciliar as suas características com as da investigação qualitativa, das quais destacamos, em particular, a natureza descritiva, a flexibilidade e a possibilidade de poder ter a perspectiva e opinião dos sujeitos, algo que não é possível, na maioria das vezes, em estudos utilizando técnicas quantitativas de recolha de dados.
Mas estas características que tornam a investigação qualitativa tão rica, pelo aprofundamento que permite dos aspectos sob investigação, trazem igualmente uma grande dificuldade, não tão visível em estudos quantitativos, que se prende com a organização e sistematização dos dados recolhidos.
Sendo normalmente tanta e tão rica a informação recolhida por entrevistas "qualitativas", por parte do investigador há que assegurar que, na organização e sistematização dos dados recolhidos, o essencial não se "perde" no meio do "acessório", através da procura de padrões nas respostas obtidas às entrevistas, quando esta é a técnica de recolha de dados utilizada.
Nessa procura de padrões relativamente ao que é essencial, aspectos como a categorização e a codificação dos dados assumem-se como fundamentais no tratamento de toda a informação obtida, visando, para além da "filtragem", a criação de condições que permitam a "manipulação" (no bom sentido) da informação com vista à obtenção de conclusões, tendo em conta os objectivos da investigação, previamente definidos a partir do problema da investigação e consequente questão ou questões investigativas.
Neste particular, a análise de conteúdos (uma das metodologias utilizadas no tratamento e análise da informação obtida com recurso a entrevistas) parece ser uma técnica de análise de dados bastante "potente", contribuindo para facilitar o "estreitamento" do espectro de análise, sempre tão útil a um investigador que lida com informação que, sobretudo em investigação qualitativa, pode ser bem diversa.
Utilizada em exclusivo, esta metodologia revela-se, no entanto, bastante trabalhosa, como aliás todo o processo de análise de dados em investigação qualitativa. Neste particular, existem outras metodologias de análise de dados, as quais poderão ser utilizadas em exclusivo ou, preferencialmente, de modo complementar, como, por exemplo, software de análise qualitativa, uma ferramenta que, por norma, permite aumentar a eficiência do investigador, logo a sua "produtividade", na medida em que permite automatizar alguns processos manuais, introduzindo maior rapidez na análise, assim como uma maior garantia de que na sistematização não ficam por analisar aspectos que possam eventualmente ser importantes para as conclusões finais.
Os aspectos que se prenderam com as várias metodologias passíveis de ser utilizadas na análise qualitativa de dados, foram a grande "novidade" da semana, já que, até aqui, não estávamos sensibilizados para a verdadeira dificuldade dessa análise (apesar de termos a noção, tal como referimos em posts prévios, que as técnicas qualitativas de análise de dados não são tão "imediatas" como as técnicas quantitativas, pelo grau de dificuldade acrescido das primeiras relativamente às segundas), que resulta, sobretudo, das grandes vantagens das técnicas qualitativas, previamente enunciadas.
Chegados ao fim deste período de estudo e análise individual, relativos às técnicas de análise de dados (quantitativas e qualitativas) utilizadas em Investigação, a semana que agora se inicia irá ser ocupada com o debate alargado à turma, tendo por base as reflexões individuais relativamente a estes assuntos.
Esta Dissertação já tinha sido objecto de análise previamente, pelo que a selecção da informação relevante para o estudo esteve facilitada. A par disto, foram colocadas algumas questões (seis) para reflexão, as quais, pelos tópicos abordados, permitiram que o estudo se centrasse nos aspectos essenciais.
Para nós, ficou bem evidente que a entrevista é uma das técnicas de recolha de dados mais adequadas a estudos ou investigações de natureza qualitativa, por conciliar as suas características com as da investigação qualitativa, das quais destacamos, em particular, a natureza descritiva, a flexibilidade e a possibilidade de poder ter a perspectiva e opinião dos sujeitos, algo que não é possível, na maioria das vezes, em estudos utilizando técnicas quantitativas de recolha de dados.
Mas estas características que tornam a investigação qualitativa tão rica, pelo aprofundamento que permite dos aspectos sob investigação, trazem igualmente uma grande dificuldade, não tão visível em estudos quantitativos, que se prende com a organização e sistematização dos dados recolhidos.
Sendo normalmente tanta e tão rica a informação recolhida por entrevistas "qualitativas", por parte do investigador há que assegurar que, na organização e sistematização dos dados recolhidos, o essencial não se "perde" no meio do "acessório", através da procura de padrões nas respostas obtidas às entrevistas, quando esta é a técnica de recolha de dados utilizada.
Nessa procura de padrões relativamente ao que é essencial, aspectos como a categorização e a codificação dos dados assumem-se como fundamentais no tratamento de toda a informação obtida, visando, para além da "filtragem", a criação de condições que permitam a "manipulação" (no bom sentido) da informação com vista à obtenção de conclusões, tendo em conta os objectivos da investigação, previamente definidos a partir do problema da investigação e consequente questão ou questões investigativas.
Neste particular, a análise de conteúdos (uma das metodologias utilizadas no tratamento e análise da informação obtida com recurso a entrevistas) parece ser uma técnica de análise de dados bastante "potente", contribuindo para facilitar o "estreitamento" do espectro de análise, sempre tão útil a um investigador que lida com informação que, sobretudo em investigação qualitativa, pode ser bem diversa.
Utilizada em exclusivo, esta metodologia revela-se, no entanto, bastante trabalhosa, como aliás todo o processo de análise de dados em investigação qualitativa. Neste particular, existem outras metodologias de análise de dados, as quais poderão ser utilizadas em exclusivo ou, preferencialmente, de modo complementar, como, por exemplo, software de análise qualitativa, uma ferramenta que, por norma, permite aumentar a eficiência do investigador, logo a sua "produtividade", na medida em que permite automatizar alguns processos manuais, introduzindo maior rapidez na análise, assim como uma maior garantia de que na sistematização não ficam por analisar aspectos que possam eventualmente ser importantes para as conclusões finais.
Os aspectos que se prenderam com as várias metodologias passíveis de ser utilizadas na análise qualitativa de dados, foram a grande "novidade" da semana, já que, até aqui, não estávamos sensibilizados para a verdadeira dificuldade dessa análise (apesar de termos a noção, tal como referimos em posts prévios, que as técnicas qualitativas de análise de dados não são tão "imediatas" como as técnicas quantitativas, pelo grau de dificuldade acrescido das primeiras relativamente às segundas), que resulta, sobretudo, das grandes vantagens das técnicas qualitativas, previamente enunciadas.
Chegados ao fim deste período de estudo e análise individual, relativos às técnicas de análise de dados (quantitativas e qualitativas) utilizadas em Investigação, a semana que agora se inicia irá ser ocupada com o debate alargado à turma, tendo por base as reflexões individuais relativamente a estes assuntos.
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