De acordo com Interviewing in qualitative research, a ideia de um guião para a entrevista é muito menos específica que a noção associada ao planeamento duma entrevista estruturada.
Na prática, o guião duma entrevista corresponde a uma lista de tópicos ou áreas gerais a cobrir, algo que é frequentemente utilizado em entrevistas semi-estruturadas. Crucial é que o questionamento permita explorar, de modo flexível, a conduta durante a entrevista, de modo a ir ao encontro daquilo que seja o mais adequado para a linha de investigação em curso.
Para orientar essa flexibilidade, o entrevistador deverá, em permanência, procurar respostas para aquilo que realmente o "intriga", bem como para aquilo que precisa de saber, de forma a dar resposta às questões investigativas. Assim, na preparação dum guião de entrevista, deverão ser tidos em conta os seguintes aspectos:
Na prática, o guião duma entrevista corresponde a uma lista de tópicos ou áreas gerais a cobrir, algo que é frequentemente utilizado em entrevistas semi-estruturadas. Crucial é que o questionamento permita explorar, de modo flexível, a conduta durante a entrevista, de modo a ir ao encontro daquilo que seja o mais adequado para a linha de investigação em curso.
Para orientar essa flexibilidade, o entrevistador deverá, em permanência, procurar respostas para aquilo que realmente o "intriga", bem como para aquilo que precisa de saber, de forma a dar resposta às questões investigativas. Assim, na preparação dum guião de entrevista, deverão ser tidos em conta os seguintes aspectos:
- Criar alguma ordem nas áreas/tópicos principais, de modo a que as questões sobre estas áreas/tópicos sejam fluidas, mas estar preparado para alterar a ordem das questões durante a entrevista;
- Formular questões ou tópicos de entrevista que contribuam para dar resposta às questões investigativas (mas sem tornar as questões muito específicas);
- Utilizar uma linguagem que seja facilmente compreendida e relevante para as pessoas a entrevistar;
- Tal como em entrevistas quantitativas, não colocar questões que possam influenciar determinada resposta;
- Recolher alguns dados extra, que permitam caracterizar os entrevistados de forma a melhor compreender e contextualizar as suas respostas.
(A este propósito, ver fig. 15.1, p. 319, em Interviewing in qualitative research)
Na entrevista semi-estruturada, o investigador tem uma lista de questões ou tópicos a ser cobertos (guião de entrevista), mas a entrevista em si permite uma relativa flexibilidade. As questões podem não seguir exactamente a ordem prevista no guião e poderão, inclusivamente, ser colocadas questões que não se encontram no guião, em função do decorrer da entrevista. Mas, em geral, a entrevista seguirá o que se encontra planeado.
As entrevistas semi-estruturadas (ou semi-directivas, de acordo com Quivy et al, 1992), apesar do guião elaborado pelo entrevistador, permitem que o entrevistado tenha alguma liberdade para desenvolver as respostas segundo a direcção que considere adequada, explorando, de uma forma flexível e aprofundada, os aspectos que considere mais relevantes.
Entre as principais vantagens das entrevistas semi-estruturadas, contam-se as seguintes:
Na entrevista semi-estruturada, o investigador tem uma lista de questões ou tópicos a ser cobertos (guião de entrevista), mas a entrevista em si permite uma relativa flexibilidade. As questões podem não seguir exactamente a ordem prevista no guião e poderão, inclusivamente, ser colocadas questões que não se encontram no guião, em função do decorrer da entrevista. Mas, em geral, a entrevista seguirá o que se encontra planeado.
As entrevistas semi-estruturadas (ou semi-directivas, de acordo com Quivy et al, 1992), apesar do guião elaborado pelo entrevistador, permitem que o entrevistado tenha alguma liberdade para desenvolver as respostas segundo a direcção que considere adequada, explorando, de uma forma flexível e aprofundada, os aspectos que considere mais relevantes.
Entre as principais vantagens das entrevistas semi-estruturadas, contam-se as seguintes:
- A possibilidade de acesso a uma grande riqueza informativa (contextualizada e através das palavras dos actores e das suas perspectivas);
- A possibilidade do/a investigador/a esclarecer alguns aspectos no seguimento da entrevista, o que a entrevista mais estruturada ou questionário não permitem;
- É geradora, na fase inicial de qualquer estudo, de pontos de vista, orientações e hipóteses para o aprofundamento da investigação, a definição de novas estratégias e a selecção de outros instrumentos.
3 comentários:
Muito bom o post sobre entrevista semi-estruturada. Parabéns. Me ajudou bastante, estava procurando uma definição boa para colocar no meu trabalho.
(obs: colocarei refência claro).
Quem é o autor do texto indicado?
Obrigada!
Roberta
Re: Roberta Salgado G. da Silva (Quinta-feira, Julho 16, 2009 7:30:00 PM)
Bryman, Allan. 2004 Social Research Methods, 2nd edition. Oxford: Oxford University Press. (ISBN 0-19-926446-5; www.sagepub.co.uk).
Saudações,
Mário
Enviar um comentário